Contador trabalhando com múltiplas telas mostrando gráficos, integração de sistemas e atendimento humanizado a cliente

A revolução tecnológica está mudando a contabilidade em uma velocidade que eu nunca tinha visto antes em meus anos de atuação. Vejo constantemente colegas encantados com softwares repletos de "IA integrada", acreditando que só isso é suficiente para transformá-los em contadores do futuro. Já pensei assim também, até perceber o quanto essa visão é rasa.

A maior mudança da contabilidade

Durante muito tempo, a rotina do escritório de contabilidade quase não mudava: processos repetitivos, controles em papel ou planilhas e reuniões presenciais. Tudo isso começou a mudar com a chegada dos computadores, da internet e, agora, da inteligência artificial. Mas posso garantir: a maior transformação não é tecnológica, e sim de mentalidade e de relação com o cliente.

Hoje, o mercado vende a promessa de uma "IA pronta", capaz de liberar o contador das tarefas manuais para que ele foque no lado consultivo. Eu mesmo já testei diversas dessas plataformas. Quase todas automatizam pedaços isolados do trabalho, exigem adaptação completa à ferramenta e deixam de lado o elemento humano, que é onde mora o verdadeiro valor.

Automação e IA como aliados, não protagonistas

Na prática, percebi que automação e IA só fazem sentido quando libertam tempo para fortalecer relações com clientes e gerar confiança. Ninguém quer um contador que apenas gera relatórios automáticos e diz que “falou mais com o cliente mostrando dashboards”.

Clientes querem proximidade, clareza e decisões práticas. São pessoas, não números.

Um ótimo exemplo disso aconteceu comigo na Aclari. Ao automatizar a maioria dos atendimentos via chatbot, afastamos um cliente importante. Ele era digital, respeitava processos, mas fazia questão do contato direto. Percebi, tarde demais, que aquela automação, em vez de aproximar, gerou distância. O atendimento perdeu alma. E esse afastamento teve impacto real no relacionamento comercial.

Processos em primeiro lugar, tecnologia em segundo

Depois dessa experiência, mudei minha forma de pensar e trabalhar: os processos da empresa vem primeiro, a tecnologia deve se adaptar a eles. Só assim posso trocar de sistema sempre que quiser, sem precisar redesenhar toda a operação e sem ficar refém de nenhuma ferramenta.

  • Evito confiar demais em qualquer software.
  • Prefiro perder uma solução do que abrir mão do processo que faz sentido para meu cliente.
  • Testo, troco, ajusto, mas mantenho a cultura do escritório e dos clientes intacta.
Contador sentado em mesa com notebook, em reunião atenciosa com cliente

Clientes valorizam mais o cuidado humano do que relatórios

Essa constatação ficou ainda mais clara ao analisar meu público de psicólogos, que representa metade da base. O feedback é sempre o mesmo: o que mais valorizam não são relatórios bonitos, mas o atendimento humano, atencioso e ágil. A automação interna, como a que a Kolek proporciona, libera tempo exatamente para isso. Liberados das tarefas repetitivas, consigo oferecer um atendimento de verdade, conversando de forma clara, transmitindo segurança e mostrando que estou ao lado do cliente em todas as decisões.

Automatizar tarefas é diferente de automatizar relações.

Operação e estratégia caminham juntas

Vejo muitos cursos e materiais sugerindo que basta delegar “100% da operação” para focar só na estratégia. Mas, para mim, essa separação é artificial, principalmente no mercado contábil. Líderes como Alfredo, do G4, mesmo com um negócio bilionário, fazem questão do contato direto com clientes e acompanham as operações de perto. Isso mostra que a verdadeira confiança nasce do equilíbrio entre fazer e pensar, e não de escolher apenas um caminho.

Nos escritórios de contabilidade, operação e estratégia se misturam o tempo inteiro: ao conversar com o cliente sobre um novo serviço, você já está operando e planejando ao mesmo tempo. Não existe uma linha clara separando esses mundos no cotidiano real.

Caminhos práticos para controlar a IA

Muitas pessoas me perguntam como “controlar a IA”. Essa é uma dúvida justa, já que o mercado insiste em vender sistemas engessados, que obrigam a adaptar a rotina ao software. Meu conselho é simples:

  • Automatize as tarefas realmente repetitivas, especialmente as que roubam atenção e cansam sua equipe.
  • Conheça plataformas no-code, como Make e n8n. Elas permitem conectar sistemas, criar fluxos automáticos por APIs e webhooks, tudo sem codificar.
  • Mantenha o contato humano nas etapas decisivas.
  • Procure agências especializadas em automação para acelerar projetos e ajustar o que for necessário ao seu contexto.
Fluxo automatizado de tarefas em escritório de contabilidade

Um caso que me marcou foi a automação do cálculo do Fator R na Aclari. O processo levava cinco dias e era motivo de estresse para a equipe. Com o uso do Make, baixamos esse tempo para apenas duas horas e transformamos o fluxo em um MVP próprio. Isso é o que considero realmente “controlar a tecnologia”: ela trabalhando para nós, e não o contrário.

Dominar automação e IA é libertador porque permite escolher caminhos, errar rápido, ajustar e focar cada vez mais nas pessoas que contam com o seu trabalho.

O papel das plataformas financeiras

Ferramentas especializadas, como a Kolek, cumprem um papel especial nesse cenário moderno. Elas ajudam a unir automação de cobrança, integração com bancos e ERPs, tudo com inteligência multicanal. Observando clientes da Kolek, percebi que a maior vantagem relatada não é só ganhar tempo ou evitar inadimplência. O que realmente chama atenção é poder conversar mais com clientes, entender contextos diferentes e tomar decisões junto, usando o tempo que antes era gasto em tarefas repetitivas.

Conclusão: protagonista é quem domina os bastidores

Ser um contador protagonista em 2026 vai além de ser mero usuário de software. É preciso compreender e dominar as engrenagens da tecnologia. Só assim conseguimos garantir que ela trabalhe para o escritório, não o contrário. O futuro é de quem coloca processos e clientes em primeiro lugar, usando a IA e a automação para liberar o tempo precioso que só o contato humano pode preencher.

Se você acredita nessa transformação, recomendo conhecer mais sobre a Kolek e descobrir como a tecnologia pode realmente liberar tempo para o que mais importa: fortalecer relações de confiança com seus clientes e crescer sem limites artificiais impostos por sistemas. Seu escritório merece ser protagonista dessa nova era.

Perguntas frequentes

O que é um contador do futuro?

O contador do futuro é aquele que domina não só as técnicas contábeis, mas também entende, controla e adapta tecnologias como IA e automação para servir melhor seus clientes. Ele valoriza as relações humanas, o contato próximo e toma decisões junto com o cliente, mantendo a liberdade de ajustar processos sempre que preciso.

Como a IA ajuda no atendimento ao cliente?

A IA ajuda ao eliminar tarefas repetitivas e burocráticas, como cobranças e envios de relatórios automáticos. Isso libera o contador para se dedicar ao que realmente importa: conversar, entender as necessidades do cliente e oferecer soluções sob medida. Mas é fundamental saber dosar a automação para não afastar o lado humano do relacionamento.

Vale a pena investir em IA na contabilidade?

Vale sim, desde que o foco não seja substituir pessoas, e sim potencializá-las. O investimento traz retorno quando automatiza o que é repetitivo e desgastante, permitindo que o contador concentre energia no apoio consultivo, estratégico e na proximidade com clientes.

Como melhorar relações com clientes usando IA?

Use a IA para automatizar processos internos e liberar tempo. Em vez de substituir totalmente o contato, aproveite esse tempo para estar mais presente, responder dúvidas rapidamente e mostrar que o cliente não é só mais um número. Personalize o atendimento, explique as decisões com clareza e mantenha um canal aberto para conversas reais.

Quanto custa implementar IA na contabilidade?

O custo varia bastante. Existem plataformas no-code com planos acessíveis, e, em alguns casos, a contratação de agências pode acelerar a implantação. No geral, o principal investimento está em tempo para mapear processos e ajustá-los. Muitos projetos trazem retorno rápido ao eliminar retrabalho e liberar horas preciosas do time e do contador.

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Murilo

Sobre o Autor

Murilo

Murilo Pinheiro é empreendedor e CEO da Kolek, fintech que vem transformando a forma como pequenas e médias empresas gerenciam suas cobranças. Apaixonado por inovação e tecnologia, Murilo tem mais de 15 anos de experiência em gestão financeira e lidera a construção de soluções que permitem que negócios cresçam de forma escalável, com mais eficiência e menos burocracia.

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